O IO Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira (16) com leve alta de 0,19%, aos 135.510,99 pontos, depois de passar a maior parte do dia sob pressão. A recuperação de última hora foi puxada pela Vale (VALE3), que reagiu positivamente à alta do minério de ferro e impediu uma nova queda no principal índice da bolsa brasileira.
Durante o dia, o Ibovespa oscilou entre a mínima de 134.265,30 pontos e a máxima de 135.640,67 pontos, com um volume financeiro elevado de R$ 33,4 bilhões, influenciado também pelo vencimento de opções sobre o índice.
Vale sustenta o Ibovespa; GPA dispara com movimento da família Diniz
O avanço da Vale, com alta de quase 1%, acompanhou o movimento positivo do minério de ferro na China, negociado a US$ 107,76 por tonelada (+1,05%). O desempenho ajudou a sustentar o Ibovespa, que já vinha pressionado por fatores externos e incertezas políticas internas.
Outra ação que se destacou foi a do GPA (PCAR3), que saltou 10,66% após a família Coelho Diniz aumentar sua participação na empresa para 17,7%. A operação foi bem recebida pelos investidores e elevou o volume de negociações do papel.
USIM5 despenca e preocupa analistas
Na ponta oposta do Ibovespa, a Usiminas (USIM5) afundou 4,52% após um relatório negativo do Goldman Sachs, que rebaixou a recomendação do papel de “compra” para “neutra”, reduzindo o preço-alvo para R$ 5,20. O banco citou “múltiplos desafios estruturais e cíclicos” como justificativa.
A Braskem (BRKM5) também figurou entre as maiores quedas, com recuo de 4,51%, em meio a um movimento de correção de preços no setor industrial.
Para Josias Bento, sócio da GT Capital, o desempenho do Ibovespa refletiu o embate entre pressões locais e externas, mas as commodities salvaram o dia: “As altas do Ibovespa hoje foram impulsionadas pela alta das commodities, principalmente o petróleo. A ação PETR4 caiu mais de 1% no início da manhã e teve uma boa recuperação no intraday”, disse, destacando que o bom desempenho da Vale foi essencial para evitar o tombo do índice.
Dólar fecha em leve alta com tensão política e fiscal
O dólar à vista terminou o dia em alta de 0,03%, cotado a R$ 5,5611, influenciado pelas incertezas relacionadas à nova investigação comercial aberta pelos Estados Unidos contra o Brasil. A disputa sobre o IOF entre Congresso e governo também gerou instabilidade no mercado cambial.
Josias Bento avalia que a busca por proteção elevou a demanda por dólar: “O dólar fecha em leve alta refletindo ainda as questões domésticas, com o impasse entre Governo e Congresso sobre o IOF. Mais cedo, os juros futuros subiram forte, refletindo o cenário tarifário e incertezas fiscais”, completou.
Nos Estados Unidos, os principais índices acionários fecharam em alta após uma sessão volátil. Rumores de que o presidente Donald Trump poderia demitir Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, chegaram a abalar os mercados, mas foram negados oficialmente pela Casa Branca.
- Dow Jones: +0,53%, aos 44.254,78 pontos
- S&P 500: +0,32%, aos 6.263,70 pontos
- Nasdaq: +0,25%, aos 20.730,49 pontos (recorde histórico)
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou as negociações da última terça-feira (15) com leve queda de 0,04%, aos 135.250 pontos.
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