O Ibovespa fechou o pregão desta quinta-feira (9) em queda de 0,31%, aos 141.708,19 pontos, após um dia de alta volatilidade e giro financeiro moderado de R$ 18 bilhões. O índice chegou a oscilar entre 141 mil e 143 mil pontos, refletindo o compasso de espera dos investidores diante das incertezas fiscais e da leitura do IPCA de setembro, que veio abaixo do esperado.
“Por se tratar de um setor que sofre mais influência da política monetária, a desaceleração de serviços é um fator positivo, que pode indicar que o juro está começando a fazer mais efeito na economia”, avaliou Camilo Cavalcanti, gestor da OBY Capital.
“O resultado de setembro reforça o avanço do processo de desinflação e pode levar o Banco Central a atenuar gradualmente o discurso de necessidade de manter a Selic elevada por período prolongado”, acrescentou Marcos Vinícius Oliveira, economista e analista sênior da ZIIN Investimentos.
As ações de Petrobras (PETR3 -1,35%; PETR4 -1,44%) recuaram acompanhando a queda de mais de 1,5% no petróleo em Londres e Nova York, enquanto Vale (VALE3 -0,15%) também encerrou em baixa, na mínima do dia, tirando suporte do índice.
Entre as maiores altas do dia estiveram WEG (WEGE3 +4,79%), Auren (AURE3 +3,47%) e Porto Seguro (PSSA3 +1,73%). Na ponta oposta, Brava Energia (BRAV3 -5,09%), Raízen (RAIZ4 -4,35%) e M. Dias Branco (MDIA3 -4,27%) lideraram as quedas.
Maiores altas e maiores baixas no Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
“Apesar de uma abertura mais positiva, o foco voltou para o fiscal e para a incerteza sobre como o governo ajustará as contas”, afirmou Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.
Os principais índices de ações em Nova York também encerraram o dia em queda, após recentes máximas históricas e realização de lucros:
- Dow Jones: -0,52%
- S&P 500: -0,28%
- Nasdaq: -0,08%
Na semana, o Ibovespa acumula queda de 1,73% e, no mês, recua 3,10%. No ano, o índice ainda sobe 17,81%, sustentado pelos ganhos expressivos do primeiro semestre.
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