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Ibovespa acomoda tensões pós-IOF e reverte queda, mas termina a semana no vermelho

Ibovespa. Foto: iStock

Ibovespa. Foto: iStock

O Ibovespa começou a sexta-feira (23) em forte queda, ainda sob os impactos das mudanças do IOF anunciadas pelo governo na véspera, mas reverteu a tendência ao longo do dia e terminou o pregão em alta na comparação com o dia anterior, de 0,40%, aos 137.824,29 pontos, na máxima do dia no fechamento, com giro a R$ 20,9 bilhões.

Na semana, porém, o Ibovespa caiu 0,98%, revertendo uma tendência de alta vinda das semanas anteriores, logo depois de atingir sua máxima histórica, acima de 140 mil pontos. “A leitura do mercado é clara: o Brasil segue “barato” para o investidor estrangeiro, mas a imprevisibilidade fiscal e política cobra um preço”, afirma Christian Iarussi, especialista em investimentos e sócio da The Hill Capital.

Pela manhã, o Ibovespa caiu abaixo do patamar dos 135 mil pontos, ainda sob o impacto das medidas anunciadas pelo governo sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), mesmo após recuo parcial da equipe econômica anunciado ainda na madrugada e confirmado pela manhã pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“A notícia sobre o IOF, e a forma como a comunicação foi feita, desagradou. Ter voltado atrás para corrigir um pouco é positivo. De qualquer forma, o cenário de rotação de carteiras continua a favorecer o Brasil e outros emergentes, como México e Índia. O fluxo deve continuar vindo: temos carry trade favorável, com juros altos e opções também em Bolsa para estrangeiro” avalia Cesar Mikail, gestor de renda variável na Western Asset.

Ibovespa: confira as principais altas e baixas do dia

Do meio para o fim da tarde, as ações dos grandes bancos reagiram e contribuíram para a recuperação do principal índice da B3, casos de Itaú (ITUB4, +1,21%) e Santander (SANB11, +0,84%), que fecharam o dia nas respectivas máximas da sessão, além de Bradesco (BBDC3, +0,82%; BBDC4, +1,23%). A exceção foi o Banco do Brasil (BBAS3, -2,51%), que fechou na mínima do dia no fechamento.

No setor de commodities, o fechamento foi positivo tanto para Vale (VALE3, +0,17%) e Petrobras (PETR3, +0,15%; PETR4, +0,22%, esta última na máxima do dia no encerramento do pregão).

Em Nova York, bolsas recuam sob impacto de falas de Trump

As bolsas de Nova York recuaram nesta sexta-feira, 23, impactadas pelo retorno dos temores da guerra comercial, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar impor uma tarifa fixa de 50% sobre importações da União Europeia e de aplicar tarifas de 25% sobre produtos da Apple.

Confira os fechamentos do dia em Nova York:

A Apple recuou 3,02% no pregão, ampliando uma sequência de sete sessões consecutivas de queda, após a fala de Trump sob a possibilidade de aplicar tarifas de ao menos 25% sobre dispositivos populares da empresa fabricados fora dos EUA, estendendo o aviso à Samsung.

Com Estadão Conteúdo

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