Ícone do site Suno Notícias

Ibovespa perde fôlego e fecha em leve queda após turbulência em Nova York

Ibovespa. Foto: iStock

Ibovespa. Foto: iStock

Ibovespa passou boa parte desta terça-feira (14) tentando firmar posição acima dos 142 mil pontos, mas acabou cedendo terreno no fechamento, acompanhando a piora das bolsas de Nova York. O principal índice da B3 encerrou em leve queda de 0,07%, aos 141.682,99 pontos, após oscilar entre 141.334,32 e 142.588,97 pontos.

O volume financeiro foi de R$ 19,6 bilhões. No mês, o índice acumula queda de 3,11%, mas ainda exibe alta de 17,79% no ano.

Apesar de um início de sessão positivo, a bolsa perdeu força à tarde, pressionada pela queda das commodities e pelo enfraquecimento do apetite global por risco. Vale (ON 0,00%) ficou estável, e Petrobras (ON -0,06%, PN -0,69%)também não conseguiu sustentar o impulso. No setor financeiro, o desempenho foi misto: Itaú PN subiu 0,43%Bradesco PN avançou 1,42%, enquanto Banco do Brasil ON recuou 0,86% e Santander Unit caiu 1,05%.

Na ponta positiva, Embraer (+4,89%)Raízen (+3,53%) e Usiminas (+2,88%) figuraram entre os destaques do dia, ajudando a conter maiores perdas. Já Cogna (-3,97%)MRBF (-3,71%) e Engie (-3,49%) lideraram as quedas.

Segundo Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos, o mercado mostrou “estabilidade e até alguma recuperação” diante de um ambiente desafiador. Ele destaca ainda que a estabilidade do câmbio e o fechamento da curva do DI favoreceram o comportamento mais contido dos ativos de risco.

Dólar sobe e investidores aguardam CPI americano

No câmbio, o dólar à vista encerrou em alta de 0,14%, cotado a R$ 5,4700, após atingir R$ 5,5196 na máxima do dia. Segundo Marcelo Boragini, especialista da Davos Investimentos, os investidores seguem em compasso de espera pelos dados de inflação dos Estados Unidos (CPI), mesmo com o atraso causado pelo shutdown do governo americano.

O cenário internacional também foi influenciado por novas declarações do presidente Donald Trump, que voltou a tensionar as relações comerciais com a China. Embora tenha dito que “tudo ficará bem” entre os dois países, o republicano ameaçou sobretaxas de 100% sobre exportações chinesas e acusou Pequim de “hostilidade econômica”. Ainda assim, o tom mais ameno de parte das falas ajudou a conter parte da aversão ao risco. “Até mesmo a queda do preço do minério foi minimizada por esse movimento”, observa Pedro Galdi, analista da AGF.

Balanços animam, mas não sustentam Nova York

Nos Estados Unidos, a temporada de balanços começou com resultados acima das expectativas de JP MorganGoldman Sachs e Wells Fargo, o que trouxe algum alívio aos mercados pela manhã. O entusiasmo, porém, se dissipou ao longo da tarde, levando a um fechamento misto: Dow Jones +0,44%S&P 500 -0,16% e Nasdaq -0,76%.

Segundo Marcelo Bolzan, sócio da The Hill Capital, o fôlego limitado se explica pelo fato de que os principais índices “já vinham de máximas históricas”, restringindo novas altas.

Última cotação do Ibovespa

 Ibovespa encerrou as negociações da última segunda-feira (13) com alta de 0,78%, aos 141.783 pontos.

Sair da versão mobile