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Ibovespa renova recorde histórico e fecha acima dos 149 mil pontos com impulso da Vale (VALE3)

Ibovespa. Foto: iStock

Ibovespa. Foto: iStock

Ibovespa não apenas sustentou a oitava alta consecutiva, como renovou recorde histórico intradia e de fechamento nesta sexta-feira (31), encerrando o pregão aos 149.540,43 pontos, em alta de 0,51%. O índice acumula avanço superior a 2% em outubro e mais de 24% no ano, impulsionado pelo fluxo estrangeiro e por resultados corporativos sólidos, em especial o da Vale (VALE3).

Vale e apetite ao risco global sustentam o índice

A ação da mineradora subiu 2,27% e foi apontada por analistas como o principal vetor de alta do dia. “Vale é a cereja do bolo na performance do Ibovespa. Mesmo com a China apresentando PIB fraco, a empresa conseguiu surfar bem na venda de minério de ferro, e o acordo com os EUA tende a reforçar essa tendência no próximo ano”, afirmou Marcos Praça, diretor de Análise da Zero Markets Brasil.

O índice foi impulsionado também pelo maior apetite ao risco global, após o anúncio de um acordo comercial entre Estados Unidos e China, além da expectativa de novos cortes de juros no Brasil. A PNAD Contínua, divulgada pelo IBGE, mostrou recuo na taxa de ocupação, alimentando apostas em flexibilização monetária.

Segundo César Mikail, gestor de renda variável da Western Asset, o desempenho recente da Bolsa reflete uma combinação de fatores: “O acordo de Trump com Xi Jinping deu alento aos mercados, enquanto os resultados das empresas nos EUA vieram fortes, mostrando resiliência da economia americana.”

Perspectivas locais e externas

O economista e sócio da The Hill Capital, Christian Iarussi, observa que o movimento de alta reflete tanto a melhora dos balanços quanto o recuo das taxas de juros futuras. “Vejo o mercado disposto a fechar os olhos para o risco fiscal no curto prazo e continuar surfando o bom humor global”, afirmou.

Nos Estados Unidos, os balanços positivos de big techs como Amazon e Netflix ajudaram a sustentar o otimismo, mesmo com o Federal Reserve mantendo tom cauteloso sobre novos cortes de juros. Lá fora, o dólar subiu diante das falas duras de dirigentes do Fed, enquanto no Brasil a moeda se manteve estável perto de R$ 5,40, influenciada pela disputa da Ptax de fim de mês.

Entre as maiores altas do pregão, Yduqs (YDUQ3) e Cogna (COGN3) dividiram o topo, beneficiadas pelo cenário de juros mais baixos e fluxo técnico de fim de mês. Na ponta oposta, Marcopolo (POMO4) e Telefônica Brasil (VIVT3)recuaram após divulgação de resultados considerados abaixo das expectativas.

Última cotação do Ibovespa

Na semana, o índice acumulou avanço de 2,30%, totalizando ganho de 2,26% em outubro e 24,32% no ano.

Com Estadão Conteúdo

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