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Ibovespa volta a subir e rompe sequência de quedas em meio a semana encurtada e agenda carregada

Ibovespa - Foto: iStock

Ações do Ibovespa - Foto: iStock

Ibovespa iniciou a última semana cheia de novembro deixando para trás quatro pregões consecutivos de baixa e reencontrando o campo positivo, em um movimento que combinou alívio externo, melhora nas expectativas de inflação no Brasil e um ajuste técnico após dias de pressão. O índice subiu 0,33%, fechando aos 155.277,56 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 154.529,17 e a máxima de 155.832,28 pontos.

O desempenho refletiu o tom mais firme de Wall Street, onde a Nasdaq sustentou a recuperação iniciada na sexta-feira, e uma segunda-feira mais construtiva para ativos globais, mesmo em meio a uma semana encurtada pelo feriado norte-americano de Ação de Graças — que deve reduzir a liquidez na quinta e na sexta-feira.

Semana começa pressionada por agenda intensa de indicadores

A virada do dia ocorreu em um ambiente que, segundo Alison Correia, analista e cofundador da Dom Investimentos, marca o início de uma bateria relevante de dados macroeconômicos:
“As bolsas deram sinais de recuperação depois de um pregão mais apreensivo na sexta. A semana é curta, mas carregada de indicadores. A partir de amanhã, temos PPI, números de inflação americana, confiança do consumidor e vendas no varejo. Na quarta, o foco volta para o IPCA-15, além de PIB e PCI nos EUA.”

O analista lembra que, apesar da reação positiva dos mercados, parte do investidor ainda carrega cautela após a recente volatilidade provocada por eventos externos — como o resultado da NVIDIA, que fez as ações dispararem antes de esfriar com a ata do Fed, e o payroll acima do esperado, divulgado durante o feriado no Brasil.

No campo doméstico, o destaque foi o avanço das expectativas de inflação, reforçando a percepção de continuidade no processo de desaceleração. Ainda assim, Correia ressalta que o ritmo é lento e deve manter a Selic em 15% no curto prazo: A inflação desacelera, mas em passos pequenos. Dezembro traz pressão de consumo com Black Friday e Natal, e Galípolo não quer arriscar um corte prematuro. O consenso é de queda só em março, mas sigo trabalhando com um cenário um pouco mais otimista para janeiro.”

Varejistas lideram altas e Bitcoin segue em derrocada

O pregão também foi marcado por uma rotação em ações ligadas ao consumo. Com a proximidade da Black Friday e expectativa de maior fluxo no varejo, papéis como CEAB3MGLU3 e PCAR3 estiveram entre os destaques positivos — acompanhando a lista liderada por Assaí (ASAI3)Grupo Vamos (VAMO3) e MRV (MRVE3).

Já no campo das tensões, o movimento brutal do Bitcoin chamou atenção dos investidores. Depois de marcar mais de US$ 125 mil, a criptomoeda recuou para a faixa dos US$ 85 mil, acumulando queda superior a 23% em novembro. Para Correia, é “a típica volatilidade que separa entusiastas de desavisados”.

Destaques do dia no Ibovespa

Maiores altas:

Maiores quedas:

O dólar seguiu estável, rondando R$ 5,39, em linha com o movimento visto na semana passada. Para o analista da Dom, apesar da volatilidade recente, “ainda estamos em um movimento estrutural de baixa”.

Performance acumulada do Ibovespa

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