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EUA oferecem subsídios para afastar chinesa Huawei do 5G no Brasil

Os EUA estão dispostos a financiar "qualquer investimento" para que o Brasil não compre mais produtos da Huawei

Huawei: pressão dos EUA segue histórico da telefonia no Brasil

A delegação dos Estados Unidos, que está no Brasil para a conclusão do acordo comercial, afirmou que o país norte-americano está disposto a financiar “qualquer investimento” no setor de telecomunicações. A proposta tem como objetivo a campanha contra a empresa chinesa Huawei no território brasileiro.

“Diferentemente da China, não estamos aqui com ameaças, estamos oferecendo alternativas. Não estamos dizendo ‘não façam negócios com a Huawei’, queremos encontrar outros parceiros para o Brasil e fortalecer nossa aliança com os brasileiros”, declarou o diretor sênior interino do Conselho de Segurança Nacional, Joshua Hodges.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, estuda se irá banir a Huawei de fornecer equipamentos para rede 5G, cujo leilão entre as operadoras telefônicas deve ocorrer no segundo trimestre de 2021. No setor de telecomunicações a Huawei tem entre 40% e 50% de participação nas empresas brasileiras.

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O presidente da chinesa no Brasil, Sun Baocheng, declarou, em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo”, que sem a Huawei a evolução da tecnologia de quinta geração demoraria até quatro anos para ser iniciada. Isso porque as teles teriam de trocar todos os equipamentos, que não conversa com o 5G dos concorrentes.

A proposta dos EUA, segundo Hodges, é apresentar ao Brasil que existem outras alternativas. “Há um equívoco de que não existe alternativa, não é o caso. Há competição lá fora, está disponível e os EUA estão prontos para financiar isso. A China não apoia (o acesso à informação), veja o que eles fizeram com Hong Kong. Os EUA estão preocupados em como os chineses vão usar os dados e a tecnologia para assuntos de estado, não para os usuários dessa tecnologia”.

A Corporação Financeira dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (DFC, sigla em inglês) se ofereceu para subsidiar a compra de equipamentos de concorrentes da Huawei. “Temos dinheiro suficiente para financiar qualquer investimento neste setor”, disse a diretora do DFC, Kimberly Reed.

Huawei ameaça futuro econômico do Brasil, diz conselheiro dos EUA

O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Robert O’Brien, manifestou seu receio quanto à possibilidade de a gigante da gigante das telecomunicações chinesa Huawei Technologies vencer o leilão para montar a rede 5G no Brasil.

O’Brien afirmou, na última segunda-feira (19), em videoconferência com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que a hipótese de a Huawei levar o 5G no País poderia abrir uma porta para a companhia acessar dados de governos e empresas.

“O Brasil é um país ‘high tech’, como Israel, Cingapura, países com indústria aeroespacial, de defesa, de mineração e tecnologia. Estamos preocupados que a China vai se voltar mais e mais para países como o Brasil”, afirmou o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos.


Nesse sentido, o conselheiro afirmou que “o futuro do sucesso econômico do Brasil e dos EUA vai depender de nossos criadores conseguirem capitalizar e lucrar com suas ideias. A propriedade intelectual deve ser protegida, para encorajar mais inovação. Conter o roubo de propriedade intelectual, especialmente por parte da China, será um trabalho duro, mas crítico”.

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