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Graça Foster encobriu irregularidades de contratos da Petrobras, segundo Polícia Federal

Graça Foster encobriu irregularidades de contratos da Petrobras, segundo Polícia Federal

Graça Foster encobriu irregularidades de contratos da Petrobras, segundo Polícia Federal

Graça Foster, um dos alvos da 64ª Operação Lava Jato, iniciada na manhã desta sexta-feira (23) pela Polícia Federal, foi conivente com um esquema de corrupção na Petrobras.

Foster é suspeita de não ter adotado meios para apurar ou barrar a continuidade de um esquema de corrupção dentro da estatal durante o período que a presidiu, segundo a Polícia Federal. Ela ocupou o cargo da presidência entre fevereiro de 2012 e fevereiro de 2015.

Polícia Federal: Foster favorecia o BTG

De acordo com os investigadores, a ex-mandatária da Petrobras favoreceu o banco BTG Pactual na compra de ativos da estatal no continente africano. Em troca, assumiria o controle da Sete Brasil, subsidiária da Petrobras.

Foster também teria conhecimento sobre uma série de irregularidades mantidas em contrato entre a Odebrecht e a Petrobras, e mesmo assim concordou com sua continuidade. Dentre os autos do processo, encontram-se e-mails trocados entre Foster e o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, relatando a preocupação de ambos com o assunto.

“Em mensagens seguintes transcritas na representação, há indicativos de que Graça Foster havia determinado a formação de grupo de trabalho de empregados da Petrobras com funcionários da Odebrecht para que se providenciasse, mediante aditivo, redução do valor do contrato. Contudo, mesmo com a aparente ciência das irregularidades, não houve rescisão ou ordem para que fosse apurado o pagamento de vantagens indevidas até então”, afirmou a juíza Gabriela Hardt da 13ª Vara Federal de Curitiba, no Paraná.

PF investiga “Programa Especial Italiano”

A investigação desta operação apura fatos de diferentes inquéritos e foi estimulada pelo acordo de colaboração premiada do ex-ministro Antonio Palocci, segundo a PF.

Saiba mais: Polícia Federal faz buscas no BTG Pactual em desdobramento da Lava Jato

O intuito desta fase é identificar os que obtiveram benefícios da planilha “Programa Especial Italiano”, administrada pelo setor de propinas da Odebrecht, como eram feitas as entregas de valores ilícitos a autoridades.

Os agentes da Polícia Federal também estão cumprindo mandados de busca e apreensão de documentos na casa do banqueiro André Esteves, sócio do banco BTG Pactual, no Rio de Janeiro.

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