Ícone do site Suno Notícias

Fundos imobiliários que cresceram mais de 50% em 2025: veja lista e como conseguiram

Fundos imobiliários se destacaram em 2025 por um crescimento patrimonial relevante, mesmo diante de condições desfavoráveis

Fundos imobiliários cresceram em condições desfavoráveis - Foto: iStock

Alguns fundos imobiliários se destacaram em 2025 por um crescimento patrimonial relevante, mesmo diante de condições desfavoráveis, em especial a Selic que chegou a 15% no meio do ano e assim permaneceu até dezembro, com perspectiva de queda apenas a partir de março.

Se a alta dos juros reduziu a atratividade para novas captações de recursos. Para resolver esse problema, algumas gestoras adotaram uma solução criativa: a troca de cotas por ativos reais. Outras optaram por realizar a fusão de fundos, unificando patrimônios e processos de gestão em busca de resultados mais consistentes.

A lista abaixo traz FIIs que, a partir das soluções citadas acima, ampliaram seu patrimônio líquido em mais de 50%. O levantamento foi realizado pelo aplicativo Trix, com base em dados patrimoniais divulgados pelos fundos.

FIIGestoraPL (dez/2025)PL (dez/2024)Crescimento (%)
RBRX11RBR1.279.157.520,00  278.635.721,00359,08%
SNEL11Suno Asset436.417.262,24185.567.284,60135,18%
PSEC11Patria1.353.879.493,00  757.600.972,0078,71%
GGRC11Zagros2.407.668.275,001.384.619.214,0073,89%
TRXF11TRX3.272.941.893,002.043.433.946,0060,17%
PCIP11Patria1.580.907.735,00  997.969.090,0058,41%
GARE11Guardian2.113.330.150,001.371.358.780,0054,10%

Fundos imobiliários mobilizam estratégias para crescer

Diante da dificuldade de atrair “dinheiro novo” em espécie ao mercado, a entrega da propriedade direta dos imóveis em troca de novas cotas movimentou boa parte das emissões realizadas ao longo do ano pelos chamados “FIIs de tijolo”. Da lista acima, o SNEL11 foi um a usar essa estratégia.

O fundo da Suno Asset foi criado para desenvolvimento de usinas fotovoltaicas, mas optou pela aquisição de ativos prontos a partir da terceira emissão de cotas, encerrada no primeiro semestre deste ano. Algumas das negociações envolveram a entrega das cotas, o que fez dos antigos proprietários investidores do fundo imobiliário.

A medida também foi usada por TRXF11, GGRC11 e GARE11 para seu crescimento ao longo de 2025. Todos eles ampliaram seu portfólio de ativos por meio de emissão, nas quais juntaram pagamentos em dinheiro com a entrega de cotas novas que já estão em negociação no mercado secundário.

No caso do GGRC11, o FII ampliou a base de cotistas para mais de 200 mil investidores e chegou a 37 propriedades. E mantém projeções otimistas para 2026. “A possível queda dos juros, aliada a um ambiente macro mais estável, deve favorecer tanto a renda quanto a valorização das cotas”, afirma o CEO da Zagros Capital, Pedro van den Berg.

Unificação de FIIs: menos custos, melhores oportunidades

No caso da fusão de fundos, uma possibilidade foi usar FIIs menores, mas de regulamento mais moderno e adequado para lidar com o atual cenário do mercado, para incorporar os ativos de um fundo maior, porém de regulamento mais engessado. É o caso do RBRX11, FII multiestratégia que cresceu ao receber o portfólio do RBRF11, um FOF que detinha mais recursos, mas praticamente só podia investir em cotas de outros FIIs.

Outras gestoras realizaram essa estratégia, como a Iridium, que prepara a liquidação do IRDM11 — cujo patrimônio passou a pertencer ao IRIM11. A Suno Asset prepara ação semelhante para 2026, com a incorporação do SNFF11, um FOF, ao SNME11, um fundo multiestratégia.

Já os FIIs do Patria que fazem parte da lista acima cresceram com a incorporação de ativos de FIIs menores da mesma gestora, fruto de uma série de aquisições realizadas ao longo dos últimos anos, que foram posteriormente liquidados: o PSEC11, multiestratégia, reúne os ativos que eram de RVBI11, HGFF11 e BPFF11; o PICP11 é um fundo de papel que juntou os patrimônios de CVBI11, PLCR11 e BARI11.

A gestora agora está realizando o mesmo processo com seus fundos imobiliários de ativos logísticos: o HGLG11, maior de todos, vai incorporar os ativos do LVBI11 e do PATL11. “Essas fusões permitem otimizar o trabalho e entregar maior valor ao cotista”, diz Rodrigo Abbud, CEO de Real Estate da gestora.

Em valores absolutos, o maior crescimento em 2025 entre fundos imobiliários foi do KNCR11, da Kinea, que consolidou sua posição de maior FII do mercado brasileiro com a captação de R$ 1,4 bilhão em sua mais recente oferta de cotas. O PL agora está em R$ 9,171 bilhões, crescimento de 18%.

Sair da versão mobile