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BB-BI vê exportações de proteínas como motor dos frigoríficos em 2025

Frigoríficos - Exportações de carne bovina e suína impulsionam desempenho. Foto: Pexels.

Exportações de carne bovina e suína impulsionam desempenho dos frigoríficos. Foto: Pexels.

Com o avanço das exportações de proteínas, o setor de frigoríficos vem mostrando resiliência em meio a um cenário global desafiador para as commodities. Nos primeiros cinco meses de 2025, o Brasil registrou crescimento de 10,5% nas exportações de carne bovina e de 16,8% na carne suína em comparação ao mesmo período do ano anterior, segundo relatório setorial do BB Investimentos (BB-BI).

O bom desempenho supera as expectativas iniciais da Conab e reforça a relevância do país no fornecimento de proteínas para o mercado internacional, por meio da atuação de empresas como Marfrig (MRFG3) — que anunciou a aquisição da BRF (BRFS3)Minerva (BEEF3) e JSB (JBSS3).

A análise do BB-BI destaca que esse avanço é reflexo direto de novas habilitações de mercado e da melhora na percepção global sobre a qualidade da produção nacional. “Com o país tornando-se referência em sanidade animal, um dos pilares essenciais para garantir a qualidade e segurança dos alimentos”, aponta o relatório. Essa credibilidade sanitária tem sido fundamental para ampliar a presença brasileira em mercados estratégicos.

Frigoríficos: melhora nos spreads da carne suína

Além da demanda internacional aquecida, os frigoríficos conseguiram melhorar seus spreads na carne suína, operando com margens superiores às de 2024. No caso da carne bovina, embora os spreads estejam um pouco abaixo do ano anterior, por conta da alta no preço da arroba do boi gordo, o volume maior de exportações tem compensado parte dessa pressão sobre os custos.

Os dados recentes também mostram que, apesar de alguns episódios pontuais como a gripe aviária que impactou o segmento de aves, o ambiente segue favorável para as proteínas animais. O BB Investimentos reforça que a tendência é de continuidade no bom desempenho das exportações ao longo do segundo semestre, o que deve sustentar os resultados operacionais das principais companhias do setor.

Outro ponto de atenção é o movimento de recomposição de estoques em mercados compradores, especialmente na Ásia. Segundo o BB-BI, a combinação de demanda externa sólida, câmbio favorável e ganho de mercado abre espaço para que os frigoríficos brasileiros mantenham o ritmo de embarques. Assim, o crescimento das exportações de proteínas permanece como um dos principais vetores de geração de receita e rentabilidade para o setor neste ano.

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