Após anunciar que fechará suas três fábricas no Brasil, a Ford (NYSE: F) informou que nesta terça-feira (12) fará uma reunião com a Associação Brasileira dos Distribuidores Ford (Abradif), na qual tratarão das indenizações que a companhia deverá fazer. As informações são do Jornal Valor Econômico.
De acordo com um empresário do setor informou ao jornal, cada revendedor deve ser indenizado pela Ford, ao passo que deve ser levado em consideração uma porcentagem sobre o faturamento de cada estabelecimento.
As 285 concessionárias da companhia no Brasil vendem cerca de 12 mil a 14 mil carros mensalmente. No entanto, a expectativa é que as vendas caiam para, aproximadamente, 4 mil veículos por mês após o fim da linha Ka e do Ecosport.
De acordo com uma fonte do jornal “O resultado já vinha muito ruim há muitos anos”. A fonte ainda destacou que as perdas vêm desde 2014, mas a companhia não conseguiu se recuperar. ” Os produtos ficaram defasados e foram tirados de linha sem reposição”, completou.
Além disso, a fonte salientou que “a linha Ka vendia muito nas grandes cidades. Nas regiões onde o agronegócio é forte, as vendas de caminhonetes eram melhores e a rentabilidade desses emplacamentos para a Ford é bem maior”, comentando que a companhia queria sair do segmento popular, mas ainda é um segmento forte.
Ford e sindicatos se reunirão para discutir indenizações a demitidos
A companhia também deve se reunir na próxima segunda-feira (18) com os sindicatos de metalúrgicos de Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Horizonte (CE) para tratar das indenizações dos trabalhadores da montadora americana, de acordo com o jornal.
Segundo o diretor do sindicato de Camaçari, Kleiton Alder, o sindicato irá propor um projeto de redução de gastos trabalhistas à Ford com a finalidade de reverter a decisão da montadora, caso não funcione, o sindicato negociará as indenizações.
“Vamos centrar forças na permanência da Ford até o último momento. Caso a empresa não volte atrás na decisão, vamos partir para a negociação das indenizações”.
