A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, declarou nessa quarta-feira (9) suas preocupações acerca da economia global diante da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), ressaltando a importância da vacina para a recuperação da recessão econômica.
Segundo Georgieva e Gita Gopinath, economista-chefe do FMI, apesar da economia global estar mostrando sinais de recuperação, os governos devem continuar apoiando o comércio e os trabalhadores com o intuito de evitar o máximo possível que ocorra uma onda de falências e desemprego.
Conforme os países anunciam políticas de relaxamento da quarentena e as empresas retornam ao seu funcionamento normal, ocorre uma “recuperação acentuada da produção, do consumo e do emprego”, anunciou o FMI em uma coluna publicada na revista Foreign Policy, ressaltando a rapidez dos governos em mobilizarem recursos com a finalidade de reduzir os impactos causados pela pandemia do Covid-19.
Entretanto, as economistas do FMI acreditam que os prejuízos gerados nesse período ainda serão observados mais para frente. “Esta crise está longe de ter acabado”, afirmaram.
“A recuperação continua muito frágil e desigual entre diferentes regiões e setores. Para garantir que a recuperação continue, é essencial que este apoio não seja retirado de forma precipitada”, completaram Georgieva e Gopinath.
O FMI também alertou sobre a importância da cautela dos governos em relação a distribuição de recursos escassos, afirmando que algumas empresas irão falir, de forma inevitável, citando como exemplo o setor do turismo, que foi intensamente afetado pelas políticas de confinamento adotadas ao redor do mundo.
Por último, Georgieva e Gopinath falaram sobre os 128 projetos atuais que visam desenvolver uma vacina para combater o Covid-19, destacando que “apesar de o mundo ter aprendido a viver com o vírus, uma recuperação completa é improvável, se não houver uma solução médica permanente”.
FMI diz que facilitará acesso a fundos de emergência por coronavírus
O Fundo Monetário Internacional anunciou no dia 22 de julho desse ano que irá facilitar temporariamente o acesso a fundos de emergência para prestar suporte a países em vista dos impactos econômicos da pandemia.
Conforme dados da entidade, em 13 de julho, 72 países dos 189 membros do FMI haviam recebido créditos utilizando um instrumento para financiamento de emergência. O impacto significativo da crise da saúde levou a pedidos de assistência financeira “sem precedentes”, salientou a organização internacional.
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“Muitos dos países que receberam ajuda financeira desde o início da pandemia já atingiram ou estão se aproximando dos limites anuais”, ponderou a entidade.
O FMI informou que, quando os pedidos excedem os limites anuais, para atender a uma nova demanda, a solicitação deve ser realizada através de um mecanismo para requerimentos “excepcionais”. Dessa forma, ele será submetido a uma análise mais profunda e avaliado para checar se responde a critérios específicos.
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