O dólar à vista caiu 1,11%, a R$ 5,2791, na menor cotação do ano. O real foi a moeda de melhor desempenho entre emergentes, sustentado por fluxo positivo, expectativa de negociações tarifárias e apoio de fatores externos.
Real ganha força e derruba o dólar
Segundo Glaucy Rosa Lima, gestora de câmbio da Fair Corretora, “a declaração do Trump de uma química com o Lula foi a cereja do bolo para o comportamento do câmbio. Esse tom diplomático e mais amigável reduz qualquer incerteza no mercado e gera otimismo para os dois conversarem sobre o tarifaço”.
A perspectiva de reunião entre os presidentes foi confirmada pelo Palácio do Planalto, que informou que houve “encontro rápido e totalmente amistoso” na ONU e “sinalização de conversa entre os dois presidentes na semana que vem”.
Além disso, os contratos futuros de petróleo subiram mais de 1% após quatro sessões negativas, fortalecendo ainda mais a divisa brasileira.
No exterior, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, apontou enfraquecimento significativo no emprego nos EUA e reafirmou a independência do banco central americano. Já a ata do Copom indicou que, apesar da queda recente nas projeções de inflação do Focus, não há espaço para cortes de juros no curto prazo.
De acordo com Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora, a possível ampliação do diferencial de juros entre EUA e Brasil “aumentaria o cupom de risco e, na esteira, valoriza o real”.
Com esse movimento, o real liderou os ganhos entre emergentes e levou o dólar à menor cotação do ano.
Com informações da Agência Estado
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