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UBS tem desafios na venda de gestora de FIIs do Credit Suisse, administrador do HGLG11, diz agência

Credit Suisse. Foto: BBC/YouTube

Credit Suisse. Foto: BBC/YouTube

O UBS está enfrentando desafios em sua tentativa de vender a divisão brasileira de gestão de fundos imobiliários (FIIs) que pertenciam ao Credit Suisse, banco comprado pelo UBS no primeiro semestre de 2023, conforme relataram fontes familiarizadas com o assunto à agência de notícias Bloomberg.

Atualmente o Credit Suisse realiza a gestão de oito fundos no brasil por meio da Credit Suisse Hedging-Griffo, ou CSHG.

O banco suíço colocou no mercado a gestão de sete fundos imobiliários com ativos no valor de R$ 11,7 bilhões, buscando potenciais compradores entre bancos e gestoras.

No entanto, os interessados estão preocupados com a perspectiva de que os acionistas dos fundos possam assumir o controle de pelo menos um deles.

Isso, por sua vez, poderia afetar o valor da transação, conforme indicaram as fontes, que solicitaram anonimato devido à natureza não pública das negociações.

No Brasil, os detentores de cotas de um fundo têm o direito de convocar uma assembleia e efetuar mudanças na equipe de gestão do fundo, desde que obtenham uma aprovação de 25%.

Um ponto de preocupação adicional é que a gestora de fundos imobiliários do Credit Suisse não possui uma estrutura jurídica independente, o que amplia o risco de os acionistas assumirem o controle da gestão, explicaram as fontes.

Os FIIs do Credit Suisse são negociados em bolsa e possuem centenas de acionistas, complicando a aprovação das mudanças. Outro desafio envolve o acordo de confidencialidade enviado pelo UBS a possíveis interessados no negócio, que inclui condições consideradas duras demais, segundo as fontes disseram à Bloomberg.

Uma das cláusulas prevê uma multa de US$ 20 milhões a um comprador que contrate funcionários do Credit Suisse ou do UBS dentro de dois anos após a aquisição. Outro ponto é que os compradores seriam proibidos de usar os atuais distribuidores dos fundos.

O UBS concluiu a compra do Credit Suisse em junho, em um negócio intermediado pelo governo suíço após o Credit quase entrar em colapso devido a problemas na gestão.

Os fundos do Credit Suisse investem em imóveis e títulos lastreados em crédito imobiliário no Brasil.

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