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Esses são os indicadores que todo investidor deve olhar ao escolher uma ação para investir

calculadora e gráficos como analisar uma ação

como analisar uma ação. Foto: Pixabay

Investir em ações exige mais do que acompanhar as oscilações diárias do mercado. Para tomar decisões mais seguras, o investidor precisa olhar para os fundamentos de cada empresa, avaliando indicadores financeiros, fatores qualitativos e o cenário macroeconômico. A seguir, especialistas ouvidos pelo Suno Notícias destacam como analisar uma ação, quais métricas devem ser observadas e quais cuidados adotar antes de montar sua carteira.

Segundo Anderson Kuntzler, planejador financeiro e especialista em investimentos, o maior erro dos iniciantes é olhar apenas para o preço das ações.

Analisar uma ação vai muito além de simplesmente olhar o preço em tela. É um processo que exige a avaliação de diversos aspectos financeiros, operacionais e de mercado, de forma a construir uma decisão bem fundamentada”, afirma.

Entre os principais múltiplos, ele cita o Preço/Lucro (P/L), que indica quanto o mercado está disposto a pagar pelo lucro de uma companhia. Também aparecem o Preço/Valor Patrimonial (P/VPA), usado para comparar o preço da ação com o valor contábil da empresa, e o Dividend Yield, importante para quem está em busca de dividendos. Já o Retorno sobre Patrimônio (ROE) e a margem líquida ajudam a medir a eficiência da gestão, enquanto a relação Dívida/Patrimônio aponta o nível de alavancagem.

Para Augusto Balotari, assessor da Manchester Investimentos, há outros indicadores-chave que não podem ser ignorados, como a geração de caixa e o EBITDA.

“Uma empresa pode ter lucro contábil, mas sem caixa não sobrevive. Já o EBITDA mede o desempenho operacional puro, sendo útil para comparar companhias do mesmo setor”, explica.

O que os números não mostram

Embora os indicadores sejam essenciais, eles não dão o panorama completo de uma companhia. Kuntzler ressalta que fatores qualitativos podem definir a sustentabilidade dos resultados de uma empresa.

“O setor de atuação pode ser mais ou menos resiliente em crises, e a qualidade da gestão é determinante. Empresas que adotam boas práticas de governança corporativa oferecem maior transparência e segurança ao investidor, por exemplo”, destaca.

Balotari concorda, acrescentando pontos como modelo de negócio, tendências setoriais, exposição cambial e fatores macroeconômicos.

“São elementos que precisam ser avaliados para entender o momento de entrada e saída de determinadas ações”, afirma.

Por onde começar?

Na visão de Kuntzler, o investidor iniciante deve começar pelo básico, analisando empresas conhecidas e setores familiares.

“Priorizar as chamadas blue chips, como Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e grandes bancos, pode ser uma forma mais segura de iniciar. São empresas grandes, consolidadas e estáveis, que oferecem liquidez e previsibilidade”, aconselha. Ele também alerta contra decisões impulsivas e reforça a importância da paciência e da diversificação.

Balotari segue a mesma linha e recomenda começar por setores tradicionalmente resilientes. “Sugiro empresas mais capitalizadas e bem recomendadas pelo mercado. Em momentos de maior volatilidade e incerteza econômica, bancos e companhias de energia tendem a se mostrar mais estáveis”, afirma.

Principais indicadores para analisar ações

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