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Carrefour (CRFB3) registra lucro 5x maior: veja reações do mercado

Carrefour imóvel Atacadão

Atacadão, do grupo Carrefour - Foto: Divulgação

O Carrefour (CRFB3) encerrou o primeiro trimestre de 2025 com lucro líquido de R$ 225 milhões, mais de cinco vezes acima do registrado no 1T24. Impulsionado por ganhos fiscais e pela performance sólida do Atacadão, o resultado também marca a última divulgação trimestral da companhia como empresa listada na B3, uma vez que o controlador decidiu recomprar as ações e tirar a companhia do mercado de capitais.

O Carrefour Brasil responde por cerca de 20% das vendas globais do Carrefour, sendo o segundo maior mercado do grupo europeu, atrás da França.

Em meio a esse contexto de transição, analistas destacaram um desempenho misto. A XP observou que as vendas líquidas consolidadas aumentaram 6%, com o desempenho do Atacadão (+9,5%, SSS +7%) compensado por ajustes na estrutura no varejo (-6%, SSS +2,6%) e o adiamento da Páscoa no Sam’s Club (-8%, SSS -4%). A margem bruta consolidada caiu 70bps a/a, com o atacarejo mantendo sua margem estável, enquanto o mix mais fraco no varejo (-130bps) e na Sam’s (-220bps) impactaram o resultado.

Carrefour (CRFB3): visão dos analistas

O EBITDA ajustado consolidado foi ligeiramente inferior (-10bps), com o Atacadão sustentando rentabilidade (+20bps), mas o Sam’s Club e o CSF Bank apresentaram desempenho negativo. O lucro líquido de R$ 225 milhões foi impulsionado por um ganho fiscal positivo de R$ 1 bilhão, mas foi parcialmente compensado por maiores despesas relacionadas ao fechamento de lojas e baixas contábeis.

Analistas do J.P. Morgan avaliaram os resultados operacionais como fracos, com destaque para o desempenho do Cash & Carry. O EBITDA ajustado avançou apenas 4% na comparação anual, ficando abaixo das estimativas da instituição e do mercado. O Morgan Stanley também mencionou que o desempenho fraco no varejo e no Sam’s Club mais do que compensaram os resultados positivos do Atacadão.

A XP destacou ainda que a geração de caixa foi positiva em R$ 10 bilhões, principalmente devido à sazonalidade e à reversão do impacto sobre os fornecedores, com a alavancagem caindo para 2,3x (ex-IFRS), frente a 3,4x no 3T.

Eric Alencar e Stephane Maquaire — CFO e CEO do Carrefour, respectivamente — reforçaram que o Atacadão segue como principal motor da operação, destacando a liderança no setor alimentar. Em relatório, a XP conclui que investidores podem buscar sinais para outras empresas do setor, como Assaí (ASAI3), especialmente em relação a capital de giro, pressão sobre margens e o impacto das resoluções regulatórias sobre os braços financeiros.

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