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Caixa eleva taxas de referência para empréstimos imobiliários

Caixa Seguridade (CXSE3) anuncia R$ 1,5 bilhão em dividendos

Caixa Seguridade (CXSE3). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Caixa Econômica Federal (CEF) subiu, nas últimas semanas de novembro, os juros dos contratos de crédito imobiliário que usam a taxa referencial (TR), modalidade mais tradicional do mercado. Com a mudança, a taxa praticada pelo banco passou do intervalo entre 7% a 8% para entre 8% a 8,99%.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, a nova alíquota vigora desde o dia 23 de novembro. A página da Caixa com as informações, entretanto, não informa quando os reajustes nas taxas do crédito imobiliário aconteceram nem oferece comparativo com os juros anteriores.

Pela mudança, a parcela de um empréstimo de R$ 300 mil – considerando os pontos médios das taxas – passaria de R$ 2.646,81 para R$ 2.879,78.

Caixa não prevê novos reajustes no médio prazo

Nesta semana, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães,  chamou a mudança de “ajuste pequeno” e disse que a mudança acontece por causa do avanço da Selic. Guimarães reforçou que não prevê novos reajustes no médio prazo, de 8 a 10 anos, a menos que haja mudança no mercado de juros das taxas longas.

“Obviamente, quando a Selic aumenta, normalmente, as taxas de juros de médio prazo aumentam. Mas agora está se invertendo isso, porque o mercado já precificou uma necessidade de aumento dos juros de curto prazo. Por causa disso, não esperamos mais aumentos, provavelmente, porque a inflação começa a ceder”, disse Guimarães, durante 92º Encontro Nacional da Indústria da Construção, no último dia 30.

De acordo com Guimarães, a mudança – em ritmo inferior ao avanço da Selic – altera apenas a margem do banco, que pode ser recuperada de outras maneiras. Ainda assim, o banco prevê um crescimento de 10% no crédito imobiliário em 2022.

Durante a palestra a representantes do setor imobiliário, o presidente da Caixa também destacou que o mercado já precificou um suposto risco político, do qual discorda, e disse que os juros devem ceder conforme a inflação perder força.

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