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CACR11 paga dividendos de 141,4% do CDI e gestão fala sobre ativos questionados

CACR11: fundo imobiliário vê resultado crescer 5,32% em agosto

CACR11: fundo imobiliário vê resultado crescer 5,32% em agosto. Foto: iStock.

O fundo imobiliário CACR11 encerrou agosto de 2025 com um resultado superior ao mês anterior. O resultado em regime de caixa do período alcançou R$ 7,203 milhões, crescimento de 5,32% em relação a julho, quando havia registrado R$ 6,839 milhões.

Os dados estão no relatório gerencial de agosto, divulgado recentemente pela Cartesia, gestora do FII. A empresa usou o documento para explicar a situação de ativos considerados de risco pelo mercado, o que teria levado a uma oscilação excessiva do preço nos últimos meses, com queda 30% de queda entre o fim de agosto, a R$ 82,01, e a mínima de R$ 62,30 registrada em 9 de setembro.

A empresa disse que os CRIs Santo André, Viva e Savoie, que financiam a um projeto de alto padrão no litoral baiano, contam com garantias “formalizadas e registradas nos cartórios competentes”, e que o projeto respeita a legislação ambiental vigente, com vasta área de preservação. 

Ainda segundo a gestora, os três CRIs têm cláusula de garantia cruzada entre si, de forma que o resultado dos empreendimentos, à medida que assegurada a conclusão das obras e observado o patrimônio de afetação, fica disponibilizado para amortização antecipada dos demais títulos. “Em outras palavras, o resultado dos empreendimentos somente será disponibilizado para o incorporador após conclusão das três obras e pagamento integral das operações”, diz a Cartesia.

CACR1!: movimentação e resultados

As receitas totais do fundo CACR11 chegaram a R$ 7,66 milhões, contra despesas aproximadas de R$ 457 mil, o que permitiu a distribuição de R$ 6,529 milhões em proventos aos cotistas.

No dia 8 de setembro, foi pago o valor de R$ 1,35 por cota em dividendos do CACR11, correspondendo a 141,40% do CDI mensal ou 166,36% do CDI pro-forma após gross-up de IR.

Esse patamar resultou em um dividend yield de 19,72% nos últimos 12 meses, considerando a cotação de mercado e sem reinvestimento dos rendimentos do CACR11.

A composição dos rendimentos reflete, em sua maior parte, o recebimento mensal de juros e correção monetária das operações de CRI, além de eventuais taxas de distribuição em operações estruturadas pela Cartesia.

Correção monetária acumulada nos CRIs do CACR11

Um ponto relevante da gestão é a correção monetária acumulada nos CRIs, que pode ser reconhecida apenas em eventos específicos, como amortizações ou negociações no mercado secundário.

Em 29 de agosto, esse montante era de R$ 4,13 milhões, o equivalente a R$ 0,85 por cota. A gestão atua de forma ativa no mercado para liberar esse valor e, assim, oferecer maior previsibilidade de rendimentos aos investidores.

Importante destacar que os papéis do fundo imobiliário CACR11 são protegidos contra deflação, pois a atualização considera somente variações positivas do IPCA.

No mercado secundário, a cota do FII CACR11 encerrou agosto a R$ 82,01, refletindo uma relação P/VP de 87,55%.

O valor patrimonial incluía o IPCA acruado de R$ 0,85 por cota (R$ 0,99 no final de julho). Ajustando esse efeito, a relação P/VP seria de 88,36% frente aos 101,97% registrados em julho.

Entre os eventos do mês, destacam-se as amortizações de CRIs:

Além disso, o CACR11 destaca que ocorreu a venda de 28 mil papéis do CRI Santo André, que proporcionou um ganho de R$ 1,24 milhão com spread e juros.

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