O BTHF11 reportou lucro líquido de R$ 22,848 milhões em outubro, avanço de 37,17% frente aos R$ 16,657 milhões de setembro. Por cota, o resultado foi de R$ 0,111. A gestão manteve os proventos em R$ 0,092 por cota, em postura conservadora, enquanto aguarda maior clareza para 2025 e possível revisão das projeções de distribuição. No ano, o desempenho total do fundo imobiliário BTHF11 soma 22,6%, superando o IFIX, que avançou 15,2% no período.
Em outubro, as receitas totais atingiram aproximadamente R$ 24,428 milhões, com destaque para receitas recorrentes de cerca de R$ 25,102 milhões, enquanto as despesas ficaram em torno de R$ 1,579 milhão. Parte relevante do resultado da operação com EZTB foi lançada em “receita ativo real”, assim como a distribuição oriunda do Shopping Pátio Maceió.
A aquisição do CRI LATAM-GRU foi o principal movimento do mês. A operação, estruturada para financiar o centro de manutenção da Latam em Guarulhos, conta com garantia bancária do Bradesco, reforçando o perfil de risco-retorno do portfólio. O BTHF11 investiu R$ 10,3 milhões no papel, com remuneração de IPCA + 12,81% ao ano.
Com as novas alocações, a gestão elevou a rentabilidade média e ampliou a exposição a ativos atrelados ao IPCA, em condições consideradas favoráveis, dado o nível de taxa e o prazo médio de 3,1 anos. A carteira ao fim de outubro estava distribuída em 31,6% FIIs de tijolo, 26,5% FIIs de papel, 17,7% CRIs, 14,1% ativos reais, 9,5% caixa e 0,7% ações.
Entre os ativos-chave, a Ez Tower Torre B, investida via FII monoativo controlado, tem 37% de participação do fundo e ocupação de 81%. Outro destaque é o Shopping Pátio Maceió, alocado por meio de FII “RE Structured”, também controlado, no qual o fundo detém 27% do projeto.
Em síntese, o BTHF11 combinou geração de caixa robusta, disciplina na distribuição e expansão seletiva do crédito, com reforço em papéis indexados ao IPCA e operações lastreadas por garantias fortes, mantendo optionalidade para ajustar proventos em 2025.
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