O Banco Bradesco (BBDC4) e oito executivos ligados a instituição financeira acordaram em pagar R$ 95 milhões ao Banco Central (BC). O pagamento acontecerá para dar fim a um processo sobre irregularidades em operações de câmbio por parte do banco privado. As informações foram publicadas pela agência “Reuters” nesta terça-feira (2).
Cada um dos executivos deverá pagar R$ 350 mil. O restante do valor (92,2 milhões) será pago pelo Bradesco. Segundo informações da agência “Reuters”, o Bradesco também se comprometeu a “abster-se de deixar de comunicar ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) movimentações atípicas de recursos” e “submeter ao BC plano de ação de melhorias nos procedimentos de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo”.
O Banco Central informou que não irá abrir um processo sancionador contra o Bradesco. Em nota, a instituição bancária privada comunicou que: “O Bradesco informa que o termo de compromisso celebrado é uma oportunidade de avanço conjunto com o Banco Central do Brasil no aprimoramento contínuo dos procedimentos de prevenção à lavagem de dinheiro e no combate ao uso indevido do Sistema Financeiro Nacional. O Bradesco ressalta que possuí sistemas e políticas sólidas em linha com as melhores práticas de mercado.”
Multa do BC sobre o Bradesco e exigência de aprimoramento de operações
O Banco Central havia assinado, na última sexta-feira (29), um termo de compromisso junto ao Bradesco para o aprimoramento de procedimentos relativos a operações de câmbio da instituição.
O termo de compromisso previa a cessação e a correção de ocorrências relatadas em um processo que tramitava dentro da autarquia federal, envolvendo o Bradesco. Os pagamentos devem ser realizados em até 30 dias.
O descumprimento do acordo estava sujeito a medidas judiciais e administrativas, bem como o prosseguimento do processo sancionador.
Lucro do banco no 1t20
O Bradesco apresentou, no dia 30 de abril, seus resultados referentes ao primeiro trimestre deste ano. O banco teve um lucro líquido recorrente de R$ 3,75 bilhões nos três primeiros meses de 2020. O valor equivale a uma queda de 39,8% em relação ao mesmo período do ano passado, e retração de 43,5% sobre o quarto trimestre de 2019. Já o lucro líquido contábil teve retração de 41,9% em um ano, ficando em R$ 3,38 bilhões.
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