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Exportações de frango recuam após gripe aviária, mas BB projeta retomada

BB vê impacto pontual da gripe aviária nas exportações de frango.

BB vê impacto pontual da gripe aviária nas exportações de frango. Foto: Freepik

O setor de proteínas segue lidando com os efeitos da gripe aviária, que afetou as exportações de carne de frango em maio. Segundo o BB, o episódio foi pontual e a expectativa é de recuperação ao longo do segundo semestre. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que o volume embarcado caiu 14,4% na comparação anual e 17,6% em relação a abril, totalizando 363 mil toneladas.

O recuo foi consequência dos embargos temporários adotados por diversos países após a confirmação de um caso isolado da doença em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. No relatório de junho, o BB Investimentos reforçou que a situação sanitária já foi controlada. “Apesar de não ter sido detectado nenhum outro caso e ter sido concluída a desinfecção da granja, as exportações de carne de aves foram embargadas por diversos países, o que gerou uma retração do volume de vendas”.

Gripe aviária: BB aposta em normalização rápida

A expectativa agora é que, a partir de 18 de junho, o Brasil volte a ser considerado livre de influenza aviária em granjas comerciais, o que deve abrir caminho para o fim dos embargos e a retomada gradual dos embarques. Para os analistas do BB, o impacto tende a ser limitado e passageiro. “Entendemos tratar-se de um impacto reduzido e pontual, com retomada da rentabilidade superior à do ano anterior ao longo do 2S25”, afirma o relatório.

A movimentação para retomada já começou, com alguns países importadores revisando as restrições ao produto brasileiro. Antes do episódio da gripe aviária, o desempenho do setor era positivo, com alta de 9,1% nas exportações acumuladas até abril, segundo o próprio BB.

Além da perspectiva de melhora nas vendas externas, o mercado interno também deve reagir nas próximas semanas. Em maio, o preço médio da carne de frango no Brasil foi de R$ 8,18/kg, com queda de 5,2% na comparação mensal, mas ainda com avanço de 14,2% frente ao mesmo período de 2024, segundo o BB.

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