Duas instalações da Aramco, empresa de petróleo da Arábia Saudita, sofreram um incêndio neste sábado (14). A causa apontada foi o ataque de drones nas bases de petróleo.
De acordo com o Ministério do Interior Saudita, o fogo na base de petróleo está controlado e, apesar do governo saudita não ter mencionado suspeitos, o grupo rebelde houthis, do Iêmen, declarou que os ataques envolveram dez drones.
Durante uma guerra civil, em 2014, os houthis assumiram o controle de Sanaa, a do Iêmen. Desde então, os sauditas tem liderado uma coalizão tentando combater os rebeldes com o intuito de retirá-los da região e reinstalar um governo apoiado pela Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, entre outra potências.
De acordo com a Arábia Saudita e os Estados Unidos, os houthis são armados e financiados pelo Irã. A acusação foi negada por Teerã.
Segundo as autoridades sauditas e americanas, o Irã estaria querendo atingir a estrutura de petróleo da Arábia Saudita usando, por exemplo, minas para danificar petroleiros sauditas no Golfo de Omã em maio deste ano.
Por sua vez, Teerã nega ataques a alvos sauditas, ou que coordenou o grupo houthis nos ataques que atingem o setor petrolífero dos sauditas.
O preço do petróleo global pode aumentar sensivelmente por conta do ataque.
Tensão geopolítica entre EUA e Irã por conta do petróleo
Em junho deste ano, o presidente americano impôs sanções a qualquer país que importe o produto do país do Oriente Médio. O comunicado foi feito pelo enviado especial dos EUA ao Irã, Brian Hook.
“Vamos sancionar quaisquer importações de petróleo bruto do Irã… Agora não há isenções em vigor. Vamos sancionar quaisquer aquisições ilícitas de petróleo bruto iraniano”, disse o enviado especial dos EUA.
Saiba mais: EUA vão aplicar sanções econômicas a países que importarem petróleo do Irã
No dia 24 de junho, Donald Trump oficializou as novas sanções ao Irã. O presidente afirmou que não permitirá que o país do Oriente Médio tenha acesso a armas nucleares. As medidas tem como alvo o líder do supremo, aiatolá Ali Khamenei. A tensão geopolítica entre os dois países é baseada na importação e exportação de petróleo.
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