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Banco do Brasil (BBAS3): é hora de vender? Ação cai 17% em 2025 e dividendos cortados

BBAS3

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O Banco do Brasil (BBAS3) está enfrentando um 2025 turbulento. A ação já acumula uma queda de 17% no ano, com um desempenho abaixo das expectativas de muitos investidores. Esse cenário negativo foi agravado pelo anúncio recente de um corte na distribuição de dividendos, que passou de 40% para 30%. Além disso, o banco comunicou que não realizará o pagamento antecipado de dividendos, o que gerou ainda mais apreensão entre os acionistas.

Além de os dividendos estarem sendo reduzidos, o preço-alvo da ação foi revisado para baixo pelo Banco Safra. A instituição agora projeta que BBAS3 não ultrapassará R$ 23, um corte significativo em relação ao preço-alvo anterior de R$ 26. Essa revisão de preço-alvo reflete um ajuste às perspectivas mais negativas para o banco, em um cenário econômico instável, com um possível impacto no agronegócio e um ambiente macroeconômico desfavorável. O Safra manteve sua recomendação neutra para a ação, ressaltando que, embora os múltiplos do Banco do Brasil pareçam baixos, o valuation não é tão atraente no momento.

Revisão do Safra: preço-alvo cortado e valuation abaixo das expectativas

Os analistas do Banco Safra destacam que o Banco do Brasil pode parecer barato com base em múltiplos ajustados, mas isso não garante uma avaliação interessante, dado o cenário econômico e de crédito atual. O preço-alvo de R$ 23 implica um potencial de valorização de apenas 16% frente aos níveis atuais. Isso, combinado com um lucro líquido ajustado que ficou abaixo do esperado e a preocupação com a exposição ao agronegócio, continua a pressionar a ação.

“O banco aparenta estar barato nos múltiplos ajustados, mas, em nossa visão, o valuation não parece tão atraente diante do cenário atual”, afirmaram os analistas do Safra.

Retorno de dividendos: a piora do yield e a previsão para o segundo semestre

Outro ponto que tem gerado desconforto para os investidores é o corte no payout do Banco do Brasil. A instituição passou de um payout de 35% no primeiro semestre para uma previsão de apenas 25% no segundo semestre de 2025. Esse ajuste reflete diretamente em uma queda no dividend yield, que, em 2025, deve ficar em torno de 5%, uma redução significativa em relação aos 6% previstos inicialmente. A diminuição do lucro distribuível também pressiona os retornos, com uma expectativa de lucro distribuível 5% abaixo do lucro contábil.

Com o pagamento de dividendos referente ao terceiro trimestre previsto apenas para dezembro de 2025, o banco ainda busca se ajustar à nova política de payout de 30%. Além disso, a decisão de não pagar antecipadamente os dividendos reforça a visão de que a distribuição de lucros será mais escassa para os acionistas do BBAS3 no futuro próximo.

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