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Vale a pena investir em Banco do Brasil (BBAS3)? Citi recomenda compra e eleva preço-alvo

Fachada da agência do Banco do Brasil (BBAS3)

Banco do Brasil (BBAS3) - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em meio a um período turbulento para os acionistas do Banco do Brasil (BBAS3), finalmente um alívio: o Citi revisou sua avaliação sobre o banco e agora recomenda a compra dos papéis. De acordo com a instituição financeira norte-americana, o pior já passou e o momento agora é de oportunidade para os investidores.

O Citi elevou a recomendação para ações do Banco do Brasil, que antes era de neutralidade, para compra. A instituição também revisou o preço-alvo dos papéis, de R$ 22 para R$ 29, o que representa um potencial de valorização de 32% em relação à cotação atual dos ativos.

A decisão foi impulsionada pela medida provisória anunciada pelo governo, que prevê R$ 12 bilhões em apoio ao setor agropecuário. O programa deve beneficiar até 100 mil produtores, principalmente pequenos e médios, com linhas de crédito a juros reduzidos e prazos mais longos.

Por que o Citi elevou a recomendação do Banco do Brasil?

Na avaliação dos analistas, a medida provisória traz alívio para a carteira de crédito rural, um dos pontos mais críticos nos últimos balanços do banco. O programa permitirá renegociação de dívidas e melhores condições de financiamento para produtores afetados por eventos climáticos entre 2020 e 2025.

O Citi destacou que o movimento deve reduzir o custo de risco e reforçar a base de capital do BB até 2026.

“Uma adição relevante ao programa poderia normalizar o custo de risco do BB, o que poderia se traduzir em lucros maiores do que as estimativas do consenso para 2026”, afirmaram os analistas.

A instituição projeta lucro líquido de R$ 29,3 bilhões em 2026, cerca de 9% acima do consenso da Bloomberg. O retorno sobre o patrimônio (ROE) é estimado em 12% a 14%, frente aos 8,4% registrados no segundo trimestre de 2025, o menor nível desde 2016.

Preço-alvo de BBAS3

O Citi revisou o preço-alvo BBAS3 para R$ 29, destacando que a maior parte dos fatores negativos já está precificada nas ações BBAS3. Ainda assim, o banco americano prevê meses de volatilidade, especialmente no curto prazo.

Para o terceiro trimestre de 2025, a expectativa é de que o Banco do Brasil registre lucro líquido de R$ 3,5 bilhões, ligeiramente abaixo do resultado do segundo trimestre, de R$ 3,7 bilhões. O Citi também estima um leve aumento nas provisões, para R$ 16 bilhões, contra R$ 15,9 bilhões do período anterior.

Segundo os analistas, julho pode ter marcado o piso de rentabilidade do Banco do Brasil (BBAS3), com expectativa de melhora gradual a partir dos próximos trimestres. Porém, a baixa adesão ao programa de renegociação e a exposição a pequenas e médias empresas seguem como riscos a serem monitorados.

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