Em comunicado ao mercado divulgado na noite de ontem (24) com os destaques operacionais do mês de outubro, a B3 (B3SA3) informou que o número de investidores ativos operando no último mês de outubro mais do que dobrou na comparação com o mesmo período de 2019, indo de 1,536 milhão para 3,178 milhões. Na comparação mensal, com setembro de 2020, o avanço foi de 2,6%.
A média do volume financeiro diário negociado na B3 saltou de R$ 16,6 bilhões para R$ 28,5 bilhões, com o mercado à vista e o mercado de opções registrando um aumento de quase em duas vezes seus volumes negociados. O mercado a termo cresceu um pouco menos, subindo 32% na base anual. Na comparação com setembro, a alta foi de 1,7%.
O mercado de negociação de taxas de juros, câmbio e commodities registrou queda de 63,2%. O volume médio diário de negociação de commodities cresceu 82,9%, mas, em compensação, o das taxas de câmbio caiu 86,6%, de R$ 7,5 bilhões para R$ 1,011 bilhão. A receita por contrato média desses negócios subiu, entretanto, 49,9%.
Além do avanço no número de investidores, a B3 informou o número de empresas listadas, que passou de 391 para 404, saltou 3,3%. No último mês, três novas empresas estrearam na bolsa (IPO). A emissão de derivativos caiu na comparação com outubro de 2019, mas, na comparação anual, o estoque avança 58,1%.
Além de número de investidores, entrada de estrangeiros avança
Na segunda-feira, 9 de novembro, investidores estrangeiros ingressaram com R$ 4,502 bilhões na Bolsa de Valores Brasileira, superando uma marca, em termos nominais, de 2007, ano em que se inicia a série de dados compilados pelo Broadcast, sistema de notícias em real time do Grupo Estado.
Se novembro terminasse na quarta-feira (11), o recorde histórico para aportes internacionais na B3 já teria sido batido considerando a série iniciada em 1995. A entrada desses recursos de fora do país alcançou R$ 11,7 bilhões até a data.
Segundo especialistas, uma série de fatores vem levando a essa movimentação para a B3, beneficiando também o número de investidores. A fala de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, de que Banco Central americano estaria disposto a tolerar alguma inflação para reativar a atividade econômica dos Estados Unidos, seria uma delas.
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