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Americanas (AMER3) nega afirmações de ex-CEO apresentadas em processo; saiba mais

Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas (AMER3), não depôs na CPI desta terça-feira (1º) após apresentar um atestado médico. Leia mais.

Americanas (AMER3). Foto: Divulgação

Em manifestação protocolada no último domingo (10), a Americanas (AMER3) voltou a negar as argumentações do ex-diretor-presidente da empresa, Miguel Gutierrez, apresentadas em processo judicial movido pelo Bradesco (BBDC4) contra a varejista.

Em comunicado à imprensa, a companhia reiterou que Gutierrez “não apresentou contraprovas, em nenhum momento, para os documentos e fatos apresentados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no dia 13 de junho de 2023, que demonstram a sua participação na fraude, evidenciada novamente em mais dados apresentados nesta manifestação aos autos do referido processo”.

O mesmo se deu com os demais órgãos competentes que atuam nas investigações do ocorrido, disse a varejista, e que já acataram e homologaram delações premiadas de ex-executivos da Americanas.

A empresa reforçou, também, que foi a única parte a apresentar provas no âmbito do processo judicial e reiterou a afirmação sobre a fraude e a responsabilidade direta do ex-CEO a partir da exposição de novas evidências apresentadas nesta manifestação, tais como:

Ainda na nota, a Americanas destacou que, adicionalmente, foram identificadas ‘várias contradições e mentiras’ nas alegações contidas na carta apresentada por Miguel Gutierrez, tais como:

A Americanas explicou que tanto as afirmações supracitadas quanto as evidências que as certificam constam da petição protocolada em resposta ao agravo em processo judicial de autoria do Bradesco e que “lamenta a posição da instituição financeira, não compartilhada pelos demais bancos credores da companhia, que seguem empenhados num consenso ao plano de recuperação judicial“.

Na nota, a empresa reafirmou “que o relatório preliminar apresentado na Comissão Parlamentar de Inquérito se baseia em documentos levantados pelo Comitê de Investigação Independente, além de documentos complementares identificados pela administração e seus assessores jurídicos, que formataram os documentos em um relatório que indica que as demonstrações financeiras da companhia vinham sendo fraudadas pela diretoria anterior da Americanas, capitaneada pelo senhor Miguel Gutierrez”.

“A companhia confia na competência de todas as autoridades envolvidas nas apurações e investigações, à frente das conduções de delações homologadas já em segredo de justiça, que devem trazer ainda mais robustez às já contundentes provas apresentadas. A Americanas reforça que é a maior interessada no esclarecimento dos fatos e que irá responsabilizar judicialmente todos os envolvidos na fraude”, finalizou.

Americanas (AMER3): bancos entram com pedido contra Bradesco para evitar “drible” na recuperação judicial, diz jornal

Em mais um capítulo da crise na Americanas (AMER3), os bancos Itaú (ITUB4)Santander (SANB11) e ABC Brasil (ABCB4) entraram com pedido na 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro para que seja rejeitada uma tentativa do Bradesco (BBDC4) impugnar créditos na recuperação judicial da varejista e negociá-los à parte dos outros credores. 

Segundo o blog do Lauro Jardim, do Globo, os três bancos avaliam que a resistência do Bradesco pode prejudicar a paridade entre os credores e atrapalhar a coletividade.

Recentemente, a 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo deu uma vitória ao Bradesco em processo que tenta dificultar uma eventual venda do patrimônio dos acionistas de referência – Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles – da Americanas.

A Americanas tem uma dívida de R$ 4,7 bilhões com o banco.

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