A XP Investimentos divulgou um relatório destacando seis ações que podem funcionar como proteção em meio ao novo pacote tarifário anunciado pelos Estados Unidos. O documento considera o impacto potencial das tarifas de 50% anunciadas pelo presidente norte-americano Donald Trump sobre produtos brasileiros.
As tarifas Trump, em vigor a partir de 1º de agosto de 2025, atingem diversos setores da economia brasileira. Analistas veem impactos diretos nas exportações e, de forma indireta, sobre o câmbio, inflação e fluxo de investimentos. A XP acredita que, apesar das incertezas, é possível se posicionar de forma defensiva por meio da bolsa brasileira.
Ações para proteger o patrimônio
Segundo a XP, uma cesta composta por Aura (AURA33), BrasilAgro (AGRO3), SLC Agrícola (SLCE3), Gerdau (GGBR4), Unipar (UNIP6) e Rumo (RAIL3) pode atuar como proteção contra os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos.
Desde que foi criada, em abril, essa seleção de ações para investir já acumula valorização de 17,3%, contra uma alta de 9,6% do Ibovespa. A corretora justifica a escolha com base em fundamentos como exposição reduzida aos Estados Unidos, posição de liderança setorial e capacidade de adaptação às novas condições de mercado.
Para a XP, algumas dessas companhias podem até se beneficiar da nova configuração de preços e fluxos comerciais.
Ações mais afetadas pelas tarifas de Trump
Por outro lado, empresas com forte exposição ao mercado americano podem enfrentar mais pressão. A XP aponta Embraer (EMBR3) como a mais impactada, caso não consiga repassar a tarifa de 50% ao consumidor.
As ações da Weg (WEGE3) e da Embraer, por exemplo, enfrentam o risco de queda nas margens de lucro e eventuais adiamentos de pedidos de exportação. Ainda segundo a XP, “a pauta de importações é mais diversificada do que nas exportações, o que pode aumentar o impacto caso o Brasil imponha tarifas de 50% como retaliação”.
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