O Itaú BBA divulgou nesta terça-feira (9) um novo relatório sobre as ações da Panvel (PNVL3) e reiterou a recomendação de compra para os papéis da companhia. A casa destacou fatores como ganhos consistentes de participação de mercado e posicionamento estratégico favorável no setor farmacêutico, colocando o papel entre as principais ações para investir no segmento.
De acordo com o documento, a Panvel continua se destacando na região Sul do país, especialmente em um momento em que alguns concorrentes recuam ou redirecionam o foco para outras regiões.
O banco também ressalta que marcas próprias e medicamentos GLP-1 permanecem como principais motores de crescimento da empresa. Esses fatores são sustentados por uma logística robusta, penetração digital e melhores condições comerciais, segundo a análise.
Cenário competitivo favorável e outros destaques
No relatório, o BBA destacou que a Panvel continua ganhando participação de mercado no Sul, alcançando 12,5% em junho de 2025, um aumento de 60 pontos-base na comparação anual. Enquanto seu principal concorrente continua expandindo agressivamente, outros players regionais importantes nos estados de SC e PR estão desacelerando a expansão.
As ações da Panvel se beneficiam de um cenário onde alguns concorrentes enfrentam problemas de desabastecimento. A RD, por exemplo, tem priorizado a região Sudeste, representando apenas 10% das aberturas dos últimos 12 meses no Sul.
O relatório também destaca o crescimento das vendas de marca própria, que representaram 7,2% da receita do varejo no segundo trimestre de 2025. A empresa possui mais de 1.000 SKUs de marca própria, com forte tração em maquiagem e protetor solar. “A margem bruta de marca própria é 7-8 pontos percentuais maior que produtos comparáveis de terceiros”, segundo o documento.
As vendas digitais já representam aproximadamente 26% das vendas do varejo da Panvel, crescendo mais de 50% ano a ano através do aplicativo. As categorias de Saúde & Beleza permanecem como o pilar da estratégia digital, com maior suporte dos fabricantes e margens mais altas que os genéricos.
A empresa também está ampliando sua estratégia de monetização de mídia através de telas digitais nas lojas e anúncios no aplicativo. Essa iniciativa ajuda a compensar a pressão sobre a margem bruta relacionada ao mix, especialmente com medicamentos e GLP-1 crescendo mais rapidamente que outras categorias.
Preço-alvo de Panvel, segundo BBA
O Itaú BBA estabeleceu preço-alvo de R$ 13 por ação para o final de 2026, representando potencial de alta de 36,3% em relação ao preço atual de R$ 9,54. O banco considera a avaliação atrativa, com as ações da Panvel negociando a 8,0x P/L estimado para 2026.
Essa múltiplo representa desconto em relação aos pares, como RADL com 19,7x e PGMN com 11,7x. “Em nossa visão, já fornece alguma proteção para riscos relacionados ao setor”, afirma o relatório.
O documento também menciona melhorias graduais esperadas, com ventos favoráveis em logística e capital de giro. A empresa espera encerrar 2025 com 0,9x dívida líquida/EBITDA, abaixo dos 1,1x do segundo trimestre de 2025.
Vale destacar que esta matéria não representa uma indicação de compra ou venda de ações para investir. A matéria possui caráter informativo e visa apenas apresentar a análise do Itaú BBA sobre as ações da Panvel.
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