As ações do Banco de Brasília (BRB), negociadas sob o ticker BSLI4, despencam nesta quinta-feira (4). Por volta das 11h, os papéis caíam 12,88%. O movimento ocorre após a decisão do Banco Central de rejeitar a aquisição do Banco Master pela instituição controlada pelo governo do Distrito Federal.
Nos últimos seis meses, em meio às negociações com o Banco Master, os papéis acumularam valorização superior a 70%. Segundo apuração do Pipeline/Valor, o BRB não pretende recorrer da decisão e avalia uma solução em outro formato, com a compra de alguma operação ou ativo isolado do banco de Daniel Vorcaro.
O banco é controlado majoritariamente pelo governo do Distrito Federal, que detém 53,71% do capital total. Também fazem parte da estrutura acionária o Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev-DF), com 12,33%, e a Associação Nacional dos Empregados Ativos e Aposentados do Banco de Brasília (AneaBRB), com 8,29%.
Entenda o caso envolvendo BRB e Banco Master
O Banco Central rejeitou na noite de quarta-feira (3) a compra do Banco Master pelo BRB, operação anunciada em março e avaliada em cerca de R$ 2 bilhões. O contrato previa a aquisição de 58% do capital do Master, incluindo 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) havia aprovado a operação em junho, sem restrições, considerando que a participação conjunta das instituições não ultrapassaria 20%. Em paralelo, o Banco Central autorizou um aumento de capital no Master de R$ 1 bilhão, reforçando expectativas de avanço do acordo.
A decisão final do BC, no entanto, levou em conta a capacidade do BRB, controlado pelo governo do Distrito Federal, de absorver a nova estrutura de capital. Com o indeferimento, o contrato entre os bancos foi rescindido, e ambas as instituições agora estudam alternativas após o encerramento oficial da negociação.