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Radar do Mercado: Taurus (FJTA4) – Mesmo com encerramento de ação judicial nos EUA, situação da companhia segue crítica

A Taurus Armas informou aos seus acionistas e ao mercado que o seu Conselho de Administração, em reunião realizada na terça-feira (08), aprovou a celebração de um acordo preliminar para pôr fim à ação judicial proposta no U.S. District Court for the Southern District of Florida por William Burrow, Oma Louise Burrow, Suzanne M. Bedwell e Ernest D. Bedwell contra a Taurus e sua controlada nos Estados Unidos, Braztech International L.C.

A companhia destacou, ainda, que em observância à legislação aplicável, manterá seus acionistas e o mercado devidamente informados sobre eventuais novas informações a respeito da matéria tratada neste comunicado.

 

Vale acrescentar, no que tange o comunicado acima, que a referida ação judicial diz respeito a supostos defeitos apresentados em determinados modelos de revólveres de fabricação da companhia com a marca Rossi, durante determinado período.

Em seus termos preliminares, a proposta de acordo acima evidenciada envolve custos para a Taurus no montante estimado de US$ 7,1 até US$ 7,9 milhões de dólares americanos, relacionados principalmente às custas processuais, indenizações e honorários dos advogados dos autores.

Com isso, estima-se que a celebração do acordo definitivo, nos termos acima propostos, importará no reconhecimento de um efeito negativo nas demonstrações financeiras da companhia, podendo afetar o seu patrimônio líquido entre US$ 7,1 e US$ 7,9 milhões de dólares americanos, aproximadamente.

Após a celebração do acordo final, caso confirmado nos termos propostos, o mesmo será submetido à homologação pelo juízo competente em território norte-americano.

A companhia destacou, ainda, que a proposta de acordo aprovada é resultado de uma extensa negociação e, com base na opinião de seus assessores legais nos Estados Unidos, a administração da Taurus entende que a sua celebração é a medida mais eficaz para pôr fim à demanda judicial em referência, assim como aquela que envolve o menor impacto financeiro à companhia, evitando os riscos e possíveis efeitos adversos adicionais a que ela estaria exposta em caso de continuação do litígio.

Muito embora a companhia saliente que essa é medida mais eficaz a ser tomada, ainda continuamos a entender que a Taurus apresenta, além de produtos duvidosos e que já demonstraram graves falhas funcionais, sérios problemas operacionais, estruturais e financeiros.

O referido efeito negativo que poderá ocorrer em seu patrimônio líquido (algo entre US$ 7,1 e US$ 7,9 milhões de dólares americanos, aproximadamente), poderá dificultar ainda mais a sua situação, dado que o seu atual patrimônio líquido já está negativado em alarmantes R$ 456 milhões, segundo os seus números do terceiro trimestre de 2018.

As recentes movimentações de alta nos seus papeis observadas nos últimos meses, em nossa opinião, demonstram um sério fluxo especulativo sem fundamentos que, de acordo com noss avaliação, podem acarretar em perdas patrimoniais bastante agudas para investidores desinformados e que se aventuram em especulações em busca de ganhos insustentáveis no curto prazo.

Diante da sua atual má situação e, coerentemente com nossas premissas e abordagens de investimentos (sempre voltadas para o Value Investing com o foco no longo prazo) seguimos de fora da Taurus por tempo indeterminado, ao mesmo tempo em que recomendamos o mesmo posicionamento àqueles que acompanham e creditam nossas teses de investimentos.

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