Passagens aéreas

Quanto custa hoje uma passagem de avião na 1º classe?

Suno Notícias

6 de dezembro, 2022

Disponível na minoria dos aviões da frota global, a primeira classe ainda resiste em algumas empresas que voam para o Brasil.

Com serviços ultraexclusivos, que vão de transporte de carro até a porta da aeronave a refeições assinadas por chefs com estrelas Michelin, a classe mais luxuosa da aviação tem passagens que custam a partir de R$ 50 mil para a Europa (ida e volta), R$ 60 mil para os Estados Unidos e R$ 80 mil para o Oriente Médio.

Hoje, no entanto, esses bilhetes são raros no País. A Latam, por exemplo, oferecia o serviço quando ainda era TAM, mas o interrompeu em 2014. A United fez o mesmo em 2018. A americana optou por aprimorar sua executiva, para oferecer um serviço semelhante ao que tinha na primeira classe. As informações são do Estadão Conteúdo.

Hoje nem a Qatar Airways, uma das companhias aéreas mais luxuosas, oferece primeira classe para o Brasil. A executiva da companhia, tida como a melhor do mundo, também tem um serviço superior para a classe. Entre os destaques da executiva da empresa está a cabine com porta para dar privacidade ao passageiro.

Para o diretor comercial da Air France-KLM na América do Sul, Steven van Wijk, uma das explicações para a primeira classe estar disponível em poucos voos é justamente que a executiva melhorou muito nos últimos anos, aproximando seu serviço do oferecido na primeira.

"Cinco ou dez anos atrás, os assentos de várias executivas não deitavam 180 graus. Hoje, isso não existe mais. A comida da executiva também melhorou muito. Então, há menos necessidade (da primeira classe). Mas a primeira ainda é um produto com muito diferencial", diz.

O executivo afirma que a demanda do mercado também influi na oferta do serviço. "Oferecer a primeira classe depende muito de onde e para onde você voa. Para nós, Paris é realmente a base principal. É uma cidade de luxo, negócios e lazer. Sentimos que nossa marca La Première (nome da primeira classe da Air France) se encaixa muito bem na rota São Paulo-Paris."

O próprio grupo da Air France, dono da companhia holandesa KLM, não oferece a 1ª classe para Amsterdã. Segundo o executivo, Paris tem uma demanda mais forte que a capital holandesa, além de a Air France ser uma marca vista como mais luxuosa.

O diretor da Emirates no Brasil e na Argentina, Stephane Perard, destaca que a utilização do espaço nas cabines é muito importante no setor. Por isso, algumas empresas optam por não oferecer a primeira classe e ampliar o número de assentos na executiva e na turística.

A primeira classe costuma oferecer assento que reclina como se fosse uma cama, refeições e cardápio diferenciados, carta de vinhos e mais espaço entre os assentos.