Proventos

Petrobras (PETR4): farra dos dividendos pode acabar graças à baixa no petróleo

Suno Notícias

15 de setembro, 2022

A Petrobras (PETR4) teve um 2022 marcante no que se refere à sua distribuição de dividendos.

Tendo feito pagamentos bilionários ao longo do último trimestre, a Petrobras chegou a ser eleita a maior distribuidora de proventos do mundo.

Mas uma queda nos preços do petróleo levantou dúvidas sobre a capacidade da empresa em manter a remuneração de seus acionistas.

Nos últimos três meses, os preços internacionais do mesmo produto, que bateram os US$ 120 ao final de maio, caíram para cerca de US$ 90.

Para André Meirelles, diretor de alocação e distribuição da InvestSmart XP, o impacto negativo na remuneração dos acionistas da Petrobras deve ocorrer.

Meirelles afirma que o aumento de cerca de 40% no preço do Brent durante o primeiro semestre deste ano foi um dos grandes responsáveis pela recente distribuição de R$ 88 bilhões em dividendos pela Petrobras. "Por isso, a queda no preço do barril nos últimos três meses deve impactar negativamente a performance operacional e a distribuição de dividendos da empresa", completa.

Paulo Feldman, economista e professor da USP, crê que os preços do petróleo devem continuar em baixa no ano que vem, devido à redução da atividade econômica global.

Mas ele acredita que, mesmo com o período de baixa nos preços do petróleo, a Petrobras é capaz de se preparar para mantar uma boa remuneração a acionistas. "A Petrobras é uma empresa muito bem administrada e altamente competente, que sabe avaliar muito bem as situações e se preparar para o que ocorre". "Ela continuará sendo rentável e continuará remunerando seus acionistas de forma adequada", disse.