Presente de grego?

Suno Notícias

4 de março, 2023

Entenda o caso das joias de R$ 16,5 milhões de Michelle Bolsonaro

Em outubro de 2021, o  governo Jair Bolsonaro (PL) tentou trazer ilegalmente ao Brasil joias de diamantes avaliadas em 3 milhões de euros, o equivalente a R$ 16,5 milhões.

O ato foi enquadrado como ilegal, visto que quem portava as joias, Marcos André dos Santos Soeiro, assessor do então ministro de Minas e Energias, não havia declarado à alfândega brasileira o porte dos bens tributáveis acima de US$ 1 mil.

O Estadão revelou que o assessor portava colar, anel, relógio e um par de brincos, e disse que se tratava de um presente do governo da Arábia Saudita para Michelle Bolsonaro.

Com isso, as joias de diamantes da ex-primeira-dama foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos SP) e estavam prestes a ser incluídas em um leilão da Receita Federal.

Segundo o Estadão, desde a apreensão das joias, em outubro de 2021, até o dia 29 de dezembro de 2022, foram feitas quatro tentativas do então presidente, Jair Bolsonaro, de reaver as joias.

A única forma de liberar os diamantes seria o pagamento do imposto de importação, equivalente a 50% do preço das joias, além de uma multa de 25% que custaria R$ 12,3 milhões.

A decisão de levar as joias a leilão foi suspensa, porque elas passaram a ser enquadradas como prova de crime.

“Fatos relativos a joias, que podem configurar os crimes de descaminho, peculato e lavagem de dinheiro, entre outros possíveis delitos, serão levados ao conhecimento oficial da Polícia Federal para providências legais. Ofício seguirá na segunda-feira”, disse o ministro da Justiça, Flávio Dino, nas redes sociais.