Debêntures incentivadas

Uma renda fixa ‘diferente’: conheça as debêntures incentivadas

Suno Notícias

13 de fevereiro, 2023

Quando se fala em renda fixa, é comum o investidor pensar em investimentos como CDB, poupança ou títulos do Tesouro Direto. Mas já faz alguns anos que foi criada no Brasil um tipo de "renda fixa diferente", usada para financiar projetos em infraestrutura.

Por terem o objetivo de fomentar o setor de infraestrutura, estes investimentos são isentos de imposto de renda, o que gera um atrativo a mais para o investidor. Estamos falando das debêntures incentivadas, um dos principais ativos que compõem a carteira dos fundos de infraestrutura, também chamados de FI-Infra.

Os investimentos de infraestrutura são o tema desta semana no Suno Notícias. Entre 13 e 17 de fevereiro, vamos falar sobre as principais características dos Fi-Infra e tirar as maiores dúvidas dos investidores sobre o tema.

Para Túlio Machado, head de investimentos em infraestrutura da XP, o potencial desse segmento é grande devido aos planos de investir em infraestrutura nos próximos 10 anos. Segundo ele, uma parte relevante dos projetos será financiada por meio das debêntures incentivadas.

Fi-Infra As debêntures incentivadas ou debêntures de infraestrutura foram criadas em 2011. Depois, surgiram os fundos de investimento em infraestrutura (FI-Infra) compostos por carteiras com essas debêntures. Em 2020, os fundos foram admitidos na B3 – hoje, há 11 deles listados.

Para incentivar justamente o investidor a participar do financiamento da infraestrutura no país, as debêntures incentivadas são investimentos isentos de imposto de renda.

As NTN-B (Tesouro) são o título referência de rendimento das debêntures de infraestrutura. Os papéis públicos estão sendo negociados atualmente com IPCA e mais cerca de 6% de rendimento.

Renda fixa e debêntures incentivadas Segundo a Associação Nacional das Empresas dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), as emissões de debêntures incentivadas ano passado somaram R$ 39 bilhões em 86 operações – são dados inferiores a 2021, considerado o ano do boom dos lançamentos de debêntures de infraestrutura, mas muito positivos em relação à série histórica.

“As debêntures incentivadas podem ser uma opção de renda fixa para investidores que buscam alternativas à renda variável”, diz o professor Maurício Takahashi, acrescentando a importância de se analisar o emissor do papel – muitas vezes SPEs (Sociedades de Propósito Específico), tipos de empresa comuns na infraestrutura - para ter conhecimento do risco.