Crise mundial

Suno Notícias

21 de março, 2023

Como o colapso bancário pode impactar os juros no Brasil?

Depois do fechamento de três bancos dos Estados Unidos nos últimos dias, especialistas brasileiros avaliam de que forma isso pode acelerar ou impedir a queda de juros do Brasil.

Mantida em 13,75% pelo Banco Central, a taxa básica de juros (a Selic), será debatida na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), entre hoje e amanhã (22).

O professor de Economia, André Roncaglia, explica que a quebra dos bancos era previsível, justamente pela aceleração da taxa de juros norte-americana.

Agora, o Banco Central dos Estados Unidos (Fed) é obrigado a repensar esse posicionamento, o que deve ocorrer também no Brasil.

De acordo com o economista, o FED deve agir para conter os riscos financeiros. Se isso acontecer pode trazer efeitos que favoreçam o crescimento do Brasil.

“O banco central americano subindo menos a taxa de juros, implica, para o Brasil, um espaço maior para que o Banco Central brasileiro possa iniciar o processo de corte de juros e fazer isso até de uma maneira mais acelerada."

William Baghdassarian, também professor em Economia, enxerga de forma diferente.

Segundo ele, a quebra dos bancos pode provocar também impacto na inflação e na taxa de câmbio, que podem ser pouco convidativas para países emergentes como o Brasil.

"Toda vez que tem um aumento da incerteza internacional, os mercados emergentes acabam sofrendo, porque os investidores externos puxam recursos e faz com que haja uma pressão na taxa de câmbio e, com isso, você acaba tendo também o efeito de inflação sobre as economias."

Vale lembrar que amanhã (22) é a chamada Super Quarta, e tanto o Copom, no Brasil, quanto o Fed, nos EUA, decidiram as suas taxas de juros.