Americanas (AMER3)

Suno Notícias

19 de janeiro, 2023

O que acontece com as ações da Americanas (AMER3) após o pedido de recuperação judicial?

A Americanas (AMER3) formalizou o seu pedido de recuperação judicial nesta quinta (19), quando informou ter R$ 43 bilhões em dívidas.

Em meio a esse escândalo contábil, as ações da varejista na bolsa de valores podem ser ainda mais impactadas nos próximos capítulos desta novela corporativa.

Para o Suno Notícias, o sócio-fundador da Quantzed, Pedro Menin, explica que os impactos burocráticos da recuperação judicial da Americanas começarão no dia seguinte à aprovação do pedido.

“Na bolsa especificamente, a ação tem de deixar todos os índices dos quais fazia parte, inclusive o IBOV. Isso deve trazer uma venda passiva importante e uma perda de liquidez muito relevante”, projeta o especialista.

“As ações tendem a sofrer durante processos de recuperação judicial, uma vez que as medidas são focadas nos credores e são geralmente diluitivas aos acionistas”, lembra a XP em relatório.

Após a recuperação judicial ser acatada, a empresa terá 180 dias de blindagem, ou seja, as obrigações com os credores da Americanas ficarão suspensas.

“Nesse tempo, a companhia precisa se reorganizar. Existem algumas maneiras de fazer isso: realizando venda de ativos, renegociando dívidas, convertendo dívidas em ações e realizando aumento de capital. Lembrando que isso tem que ser colocado no papel nesse período”, ressalta.

Menin vê como “improvável” a possibilidade de realizar a conversão das dívidas em ações da Americanas. Entre os próximos passos da recuperação judicial, encontram-se os seguintes prazos: - 60 dias para apresentação do plano de recuperação judicial; -150 dias para convocar uma Assembleia de Credores, que analisarão o plano; -180 dias para a aprovação do plano, prazo que pode ser prorrogado por mais 180 dias.

Com o plano aprovado, o comando da Americanas terá a missão de executá-lo até conseguir cumprir todas as obrigações legais.