Seria erro mudar política monetária de forma prematura, avalia presidente do Fed

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou que “francamente, seria um erro mudar a política monetária de forma prematura” ao ser questionado na Câmara dos Representantes como ele avalia a inflação temporária. “Nossas projeções apontam que preços baixarão com abertura plena da economia. Se a inflação e as expectativas de inflação subirem muito de forma longa, adotaremos nossos instrumentos para trazê-la de volta a 2%.”

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Inflação

Powell afirmou que se a alta de preços ocorre de uma vez só, a instituição não reage com mudanças na política monetária. “Há hoje uma tempestade perfeita na economia com alta demanda e baixa oferta, mas ela vai passar. Os preços voltarão a baixar.”

Em depoimento na Câmara dos Representantes, Powell disse que as expectativas de inflação são “muito importantes”. “Elas caíram com o surgimento da pandemia e subiram de forma coerente com o arcabouço de política monetária. Mas se as expectativas de inflação subirem de forma substancial por longo tempo, nós vamos agir.”

O presidente do Fed também destacou que investimentos públicos são positivos para elevar o crescimento potencial do país e elevar o bem estar da população.

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Emprego

O presidente do Federal Reserve afirmou que “em 6 meses, muitas pessoas voltarão a trabalhar e os salários avançarão” nos EUA. Ele fez o comentário em depoimento que ocorre agora na Câmara dos Representantes em Washington.

Na mesma audiência, o dirigente já havia afirmado que uma das condições para elevar a taxa básica de juros é o país estar perto do pleno emprego.

Fed: alta de salários nos EUA contribui para avanço inflacionário

Presidente da distrital de Richmond do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Thomas Barkin afirmou na terça-feira (13) que o atual aumento no nível dos salários nos Estados Unidos tem exercido pressão de alta sobre a inflação no país. Ainda que outros fatores, como gargalos na oferta de suprimentos, estejam provocando o avanço inflacionário, a “pressão salarial” também é parte da equação, segundo ele.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA subiu 0,9% em junho ante maio, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta terça-feira pelo Departamento do Trabalho. O resultado veio bem acima da mediana das previsões de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de alta de 0,5%.

Em texto publicado no site do Fed de Richmond, Barkin explica que a alta nos salários se dá pelo aumento do “salário de reserva”, como é chamado o menor valor de pagamento pelo qual um trabalhador desempregado estaria disposto a receber para aceitar um emprego. De acordo com o dirigente, o salário de reserva de trabalhadores com renda menor que US$ 60 mil por ano e aqueles sem diploma universitário subiu mais de US$ 10 mil, ou 26%, entre março do ano passado e igual mês de 2021.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Rafaela La Regina

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